Em busca de um coração ardente

Amores!!

Sejam bem-vindos a este blog!

Uma experiência onde quero contar a cada um o caminho que estou percorrendo na senda da Mística Andina, ao encontro da divindade que habita em mim.

Com imenso carinho,

Cari



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Como discípulos...

Como discípulos nos foi sugerido procurar a integridade e coesão grupais.
É bom recordarmos que são fundamentais para nós: a pureza do corpo, o equilíbrio emocional e a estabilidade mental, os quais devemos conseguir diariamente.

Como discípulos, através do nosso amor mútuo, formaremos uma barreira protetora entorno de cada um e do grupo como um todo. Este amor, não deve ser teórico e sim devemos sentí-lo na prática: ignorando os erros individuais cometidos, não tendo idéias separatistas, unindo assim o grupo numa única luz (Viva os Katmandus e todos nossos encontros) para serviço da humanidade (Viva os Chega e dá-lhe).

Como discípulos também é bom recordarmos que nossa condição de iniciação é SERVIR e SENTIR o sofrimento do mundo.

Como discípulo, nos foi sugerido limpar nossos canais, pois eles estão impuros e dificultam o livre fluir da energia, produzindo bloqueios e depressão.
Nos foi sugerido também cuidar do que ingerimos e como ingerimos. Assim como preparação do tempo de LUZ que se aproxima, o tempo desta Comunhão Silenciosa, vamos comer menos carne e mais frutas, menos açúcar e mais vegetais e praticar nossa yoga ou tai chi, que tanto nos energizam. Vamos usar os ensinamentos que Lucidor nos repassou e liberar nossos bloqueios energéticos, para que não passemos mais dias inteiros em debates mentais infantis que tanto prejudicam nosso corpo emocional.

Como discípulos, vamos cuidar da nossa cota de sono e descanso de qualidade e também de nosso compromisso de SERVIR.

Como discípulos vamos ser alegres, humildes, peregrinos da luz e amarmos intensamente.

Como discípulos vamos repetir o mantra que Mestre Paolus nos repassou:
"Sou um Harmonioso e Alegre peregrino da LUZ".

Com o coração ardente e silencioso,

Caridad ...recordando com vocês os ensinamentos recebidos.

Como eles vão nos achar?


"São muitos , eu vejo muitos, mas como eles vão nos achar se não dermos palestras, se não formos aos bairros, se não dermos entrevistas na TV e no jornal?
Os corações estão sedentos, sedentos de amor, de dignidade e nós o que fazemos, como eles vão nos achar?"
Assim ouvi muitas vezes Lucidor falar e algo ficou em meu coração...como eles vão nos achar?
Lembrei o tempo em que brincava de esconder com minhas primas e ficava apreensiva , louca que me achassem...era tão bom, que alegria sentia quando me achavam.
Neste mes de agosto, saí para procurar...nossa turma está por aí, espalhada e nós podemos achá-los...e procurei muito, a cada dia, saindo, dando mini palestras, palestras maiores, conversando, contando minha experiência nesta senda, falando das nossas viagens e da nossa família que duas vezes por ano dá descanso aos guerreiros internos de seu corpo físico e trabalha duro para ter equilíbrio emocional e estabilidade mental.
No Domingo, estive no Laranjal, e um grupo de pessoas olhava atentamente para mim enquanto falava sobre o nosso propósito como grupo de ser feliz, deixar a alegria tomar conta de nosso ser e viver a vida plenamente...falei e falei e uma das moças que estava ouvindo, disse ao final: eu estava há muito tempo procurando pessoas que falassem como eu, que sentissem a mesma coisa que eu...acho que demorei, mas encontrei a minha turma!
Isto deixou meu coração feliz, eu procurei e achei...achei corações que como o dela procuravam há muito tempo!
E me dei conta...não posso desperdiçar nenhum momento, eles estão por aí...escondidos, e nós vamos com certeza achá-los...assim em cada local que chego, olho atentamente nos olhinhos das pessoas e sei que ali estão muitos escondidos atrás de tristezas, de raivas, de desilusões, mas sei que eu os achei com alegria, com carinho, com amor...e a busca continua porque hoje recém é dia 24...e temos muito a fazer, muitos sat sangs a dar, muitos abraços, muitos sorrisos, muito amor!
Com imenso carinho,
Caridad...voltando a brincar de "esconder" e achar...pelas Sendas de Pachamama

sábado, 17 de julho de 2010

COMO ANDA NOSSO MOVIMENTO PENDULAR?


* Caridad Mendizabal *

Fico olhando o pêndulo do relógio aqui da minha sala...aqueles relógios antigos, nos quais as badaladas nos remetem a lembranças do tempo de crianças e fico refletindo, como anda o nosso movimento pendular?

Temos todos uma tendência a vivermos presos ao passado ou projetando-nos para o futuro, sem nunca conseguirmos parar e vivermos intensamente nosso momento presente que é o que temos.

Nos enredamos e sofremos, decididamente sofremos com tantos e tantos fios ilusórios, com lembranças do passado que com certeza roubam-nos metade do presente e com preocupações com o futuro que rouba-nos a outra metade.

Tenho ouvido muito as pessoas reclamarem que a vida é muito curta...e é, mas por outro lado vivemos como se tivéssemos um estoque inesgotável de tempo. Com certeza esperamos demais para fazermos o que precisa ser feito, logo aqui neste mundo que a única certeza que nos dá é o dia de hoje...nada mais.

Estamos presos em dois fios ilusórios: o passado e o futuro, enquanto o tempo vai passando.

Presos ao futuro, causamos um dos maiores males do ser humano: a ansiedade.

Como é frequente vermos pessoas que sofrem de insônia, que necessitam de um remédio para conseguirem adormecer... queridos é tempo de liberarmos isto, é tempo de entendermos que por mais que remoamos o passado...ele não mudará e se tem algo lá que nos perturba, que possamos curar com amor.

Mantendo-nos no presente, que como o nome mesmo diz... é um presente, evitamos estas neuroses, medos, ansiedades, conflitos internos.

Um bom método é perguntarmos durante o dia:

- Onde estou? Que estou fazendo?

Com certeza em muitas vezes vamos descobrir que estamos no passado ou no futuro, mas estas simples perguntinhas nos trarão ligeiro ao nosso momento atual e aos poucos nos daremos conta que deveríamos sim começar cada manhã como se fosse "aquele dia" o dia mais importante da minha vida, o dia como diz a música em que posso recomeçar e fazer tudo diferente do que sempre foi e finalmente compreendermos a lição da lentidão e descobrirmos que se vivermos um dia de cada vez, viveremos melhor todos os dias de nossas vidas. Portanto não se apresse, mergulhe sim no rio da vida e deixe que ela te cuide.

Te entrega, confia e seja plenamente feliz com que ela te deu de presente: O DIA DE HOJE.

E pergunte-se: Como está meu pêndulo... no passado? no futuro? ou consegui chegar na única verdade que existe que é o AGORA?




* Caridad Romero Mendizabal é guia do Movimento da Mística Andina, membro da ONG Pachamama, Terapeuta Holística – Pelotas/RS.
E-mail: c_mendizabal2003@yahoo.com.br
Permitida a reprodução em qualquer meio, desde que citada a fonte e mantidos integralmente todos os créditos.
Honre o Divino em você, honrando o Divino nos outros.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Parando de pensar


Estes dias, estava lendo um livro, enquanto esperávamos o avião lá no Rio de Janeiro e minha mente fervilhava de pensamentos e me dei conta que aflição terrível é essa, este ruído mental incessante.. .e percebi que quase ninguém se dá conta disto, porque é um mal que quase todos nós sofremos e, então, consideramos uma coisa normal.
Não sei se já perceberam que somos pensadores compulsivos. ..jajaja e que com nossos pensamentos, criamos um mundo ilusório povoado de conflitos e sofrimentos. Se nos identificamos com a mente, criamos uma tela...os famosos "fios de maya", de conceitos, padrões, rótulos, julgamentos, palavras e definições que bloqueiam e atrapalham todas as relações verdadeiras. Criamos com estes fios uma barreira que nos separa de nosso eu interior. Assim ficamos distantes do nosso próximo, da natureza...de nossa mãe Pachamama... a tão falada ilusão da separatividade, uma ilusão onde acreditamos piamente que existe o "eu" e um "outro" totalmente separado de nós. Nos fixamos nas formas e esquecemos o mais importante, que debaixo do nível das aparências físicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que é. Por esquecermos isto...não sentimos mais esta unidade como uma realidade, podemos até acreditar que isto seja verdade, mas não a reconhecemos como verdade. Acreditar pode trazer conforto, mas só o sentir trará a libertação.
Se for usada corretamente, a mente é uma ferramenta poderosa...melhor que muito computador. Entretanto se a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva. Na maioria das vezes não se trata do fato de usarmos erradamente a mente, porque simplesmente é ela que nos usa, porque se não fosse assim , já teríamos o botão para desligá-la a hora que quiséssemos.
Estamos tão identificados com nossa mente que muitas vezes não percebemos o quanto somos escravos dela. A liberdade começa quando começamos a perceber a existência de algo muito além do pensamento, de onde as coisas realmente importantes como o amor, a alegria, a paz interior surgem.
Percebemos isto quando na quietude...simplesm ente observamos a voz dentro de nossa cabeça que especula, compara, desculpa, julga, gosta, desgosta...Assim ao observarmos o que a voz diz, aos velhos padrões repetitivos de pensamentos, aquelas velhas trilhas que escutamos dentro de nossa cabeça há anos...perceberemos que não somos ela, somos apenas uma testemunha, um observador de nossos pensamentos e é nesse exato momento que nos tornamos conscientes e os pensamentos iniciam a perder poder e esse é o início do fim do pensamento compulsivo e involuntário.
Com infinito carinho,
Caridad

Observando o pensador


Quando alguém diz estar ouvido vozes, em seguida encaminhamos ao psiquiatra.. .ontém falamos sobre isto aqui em casa e depois fiquei pensando, que todos nós ouvimos vozes, não é mesmo???
De algum modo todos ouvem uma voz, ou várias dentro de sua cabeça o tempo todo...é o pensar compulsivo!! !
Muitas vezes também essa trilha sonora é acompanhada de imagens. Esta voz que nos acompanha, é resultado de nossa história e de valores culturais que herdamos. Esta voz muitas vezes se torna nosso pior inimigo, causando conflitos e sofrimentos.
Muitas pessoas vivem com um verdadeiro torturador dentro de suas cabeças, que drena sua energia vital, porque as pune e as ataca por fatos que muitas vezes nem aconteceram.
Quando começamos a prestar atenção a todo este mundo atordoante e falso que existe dentro de nossas cabeças, principalmente a padrões repetitivos de pensamento e trilhas sonoras tão velhas...há anos ali, sendo imparcial, não julgando nada...apenas sendo uma testemunha.. .hehehe, descobrimos um ponto além da mente e aí podemos perceber: lá está a voz e aqui estou eu, e assim os pensamentos iniciam a perder poder, porque estamos conscientes. ...
Que tal fazermos um esforcinho e observarmos o pensador...hehehe e deixarmos de nos identificarmos com a mente e termos consciência que se pararmos de pensar, continuaremos a viver e muito bem!!!
Amo vcs,
Caridad


"Sou um jardineiro, tenho sementes de inspiração, lembro a meus irmãos a beleza deste agora, ajudo a que se descubra o presente, o obséquio, que a vida mesma nos dá...
Sou um farol de luz, animo e me animo a saber que é possível, sim, possível plasmar os sonhos, se abrimos as janelas do sentir e enxergamos esta fonte de ternura...
Vejo a luz em cada ser e situação, enxergo em cada ser uma luz brilhante que dissipa toda obscuridade. ..
Tudo está completo.
Tudo é Deus.
Eu sou uma expressão desse Deus"(Lucidor Flores)

Meu encontro com o Maestro


Um dia, há algumas semanas atrás Lucidor, durante um encontro na casita, perguntou para mim:
-Cari o que queres de niver?
E eu ligeira, sem pensar, respondi:
-Quero ver o Mestre Paolus.
Ele apenas me olhou e sorriu.
Ontém chegou o dia...19 de fevereiro, e acordei e em seguida pensei com minha mente ligeirinha:
-Será que vou vê-lo?
E fui ao trabalho, e quando foi às 9hs da manhã, pedi licença para dar uma saída, pois era dia da gravação para TV do programa dos 21 dias, que Arthurito havia conseguido e que irá ao ar, na terça-feira, no Jornal do Almoço.
Chegando lá, estavam Lucidor, Isolda, Susy, Irineo, Arthur e Padma Querido e iniciamos a gravação do programa , lá na Baronesa, um local lindo aqui de Pelotas...um parque, muito arborizado. E quando a repórter perguntou quem iria falar sobre suas experi~encias na Mística Andina, Lucidor olhou para mim e perguntou:
-Cari, puede ser???
E eu concordei e aí amados tudo começou e senti meu coração tão quentinho que tudo em volta desapareceu, não sei quanto tempo se passou, nem mesmo sei repetir as palavras que pronunciei, só sei que flutuava e sentia o sol no meu rosto, a grama em que estava sentada, as árvores imensas e eu falando e falando e pude sentir o maestro em meu coração...eu não o vi, mas pude sentí-lo, fortemente, me inspirando, fazendo que minha fala fluísse e ao terminar, senti o abraço caloroso de Padma e de Arthurito que estavam sentados ao meu lado.
À tardinha tivemos nossa "Tarde de Sorvete Andino", na casa de Mama Amanda e novamente lá estava eu, no meio de várias pessoas estranhas à Mística e Mama Amanda me pediu, fala Cari para elas sobre os 21 dias e iniciei e novamente a mesma sensação-uma sensação muito forte, diferente, algo profundo e pude sentir lágrimas em meus olhos e nos das pessoas que me ouviam e lá estava novamente meu Maestro a me inspirar.
À noite, a tribo andina de Pelotas veio a minha casa e na hora do parabéns, olhei encantada para cada um de vocês e olhei para Mestre Lucidor e pude sentir em cada olhar a energia de Paolus, o brilho do olhar, a alegria, a energia refinada, o carinho , o amor e novamente senti em meu coração este que tanto nos inspira.
Assim agradeço aqui a todos que convivem comigo, a bênção de estar viva e compartilhar o meu dia, o dia em que nasci, o dia da minha vida...com todos queridos da tribo andina e agradeço em especial aos meus queridos Mestres Paolus e Lucidor, pela oportunidade de neste dia especial ter podido falar com meu coração, inspirado por vocês e ter me sentido tão plena, tão e tão feliz.
Agradeço também a todos que se fizeram presentes, as mensagens carinhosas, as flores, aos abraços, aos telefonemas e que juntos possamos tentar a cada dia com mais vontade, como diz Lucidor, termos o coração aberto, mãos vazias e olhos inocentes!!!
Com amor,
Caridad
"Vou ao caminho do oásis do coração, ali estão me esperando o amor, a liberdade e a fraternidade. "

Caridad Mamãe


Hehehehe...faz 26 anos, que alguém chegou a minha vida, uma nova vida, um serzinho especial, que recebeu o nome de Carolina.
Lembro daquele dia...acho que nenhuma mãe esquece. Na época eu trabalhava 8 horas por dia e o barrigão tava imenso, mas lá fui eu e quando chegou a tarde, não consegui ir trabalhar e me deitei a sestiar com meu outro filhinho André, que na época tinha dois anos e de repente...., toda cama ficou molhada...a bolsa estourou e estávamos só nós dois em casa e liguei para meu marido e para médica e ela disse: Lá pelas 19hs te encontro no hospital e assim às 18hs fui para o hospital, com calma, mas aquele serzinho não era calmo, nunca foi, durante toda gravidez...tã o diferente do primeiro...isto tbém todas mães sabem: os filhos são bem diferentes uns dos outros, nossas mamitas do ayllu que o digam.
Assim, pontualmente às 19hs, embora as enfermeiras pedissem que eu fechasse as pernas(ainda me dá vontade de rir qdo lembro disto) pq a médica não tinha chegado, nasceu Carolina, apenas ela, eu e um residente chamado às pressas...um parto normalíssimo, sem grande esforço e eu, embora mãe pela segunda vez, novamente me apaixonei perdidamente por ela, pelas mãozinhas tão pequenas, os olhinhos vivos e a boquinha que queria mamar...passei a noite de mãos dadas com ela, admirando aquela nova vida que me era entregue, para que eu conduzisse, orientasse e amasse.
Hoje ela está completando 26 anos e continua sendo repentina e assim que faltando dois dias para partir a caravana dos Peregrinos ao Peru, ela pediu para ir e os anjos conspiraram, novamente recebi uma reclamatória trabalhista( recebi uma que me permitiu ir à Índia)...um dos passageiros do avião onde viajaram, desistiu de ir...assim sobrou um lugar pelo mesmo valor e imaginem que este lugar era ao lado de Mama Isolda, a vacina ela tomou e arriscou ir, sabendo que podiam a mandar de volta, pois não houve tempo para completar os dez dias...assim o mano que é médico a orientou a levar repelente, bah que correria.... por isso sumi um pouco, mas estou aqui tá Soraya amada?
Ontém antes de rumar para POA, bateu o pavor e ela me falou: mãe acho que eles são diferentes de mim (ela embora tenha nome, ela é do nosso ayllu: Susy Iriarte e tenha feito alguns 21 dias é uma simpatizante da Mística e dos membros de nossa tribo) e eu dei chance dela não ir e disse que antes de embarcar, sempre é possível mudar o plano e acho que era isso que ela queria ouvir, saber que se quisesse não iria, foi então que ela abriu o sorriso e disse : eu vou, eu quero ir.
Assim, como até agora não voltou, acho que deixaram ela entrar, mesmo sem os dez dias da vacina da febre amarela(como disse André o maior problema é dela, ela é que tem que se cuidar) e hoje quando acordei a primeira coisa que fiz foi cantar bem alto para ela:
Parabéns a vc, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!!!
Assim, estou feliz, porque sei que a filha que vai retornar desta viagem sagrada será uma nova filha e sou pura gratidão a estes seres invisíveis que trabalham e nos cuidam incessantemente, permitindo que a cada dia aumente nossa confiança e entrega.
Com amor.
Caridad Mamãe

Nome Sagrado


Estava na primeira turma do curso de Personalidade Espiritual com Lucidor...até aquele momento o único que tinha nome era Don Victor Mendizabal...
Nós estávamos ali, tudo era muito novo, não entendíamos muito todas as informações que recebíamos deste homem que convivia conosco a cada quatro meses.
Assim quando me falaram do Curso...eu quis assistir e fui lá para o Hotel Manta, num sábado e no final do curso ganhávamos o nome sagrado e quando ele deu o meu nome falou: Caridad a que dá carinho....e mais nada....eu queria saber mais, muito mais, até porque Caridad me lembrava um pouco algo da religião católica na qual fui criada, seria um nome de alguém super beata, uma freira...ou algo assim...esta foi a primeira impressão que tive.
Depois, aos poucos fui me dando conta que Caridad não era nem um pouco assim, pelo contrário veio para botar abaixo todos preconceitos que a Ana Luiza tinha de montão...suavemente percebi que Caridad amava tudo que dizia respeito a cartas, a música, a danças e um dia falei isto para Lucidor, acredito que Caridad seja uma cigana e ele disse cigana não...uma sacerdotisa...sabes a diferença? Então me explicou a cigana vai atrás das pessoas para colocar as cartas, a sacerdotisa as pessoas vem atrás dela e comecei a me identificar com padrões tão diferentes dos quais eu estava habituada, Caridad até hoje não achou seu anel de poder, achou uma ametista que por vezes pendura em seu pescoço, roupa ainda não tem, mas sei que são panos esvoaçantes, ainda não parou de mudar a cada ano que passa e os efeitos em Ana Luiza são enormes, mas uma característica forte com certeza existe...a de quebrar padrões e a de dar carinho.
Com o tempo outro nome foi adicionado ao Caridad...Romero e Lucidor mais uma vez me disse significa "alecrim" e ainda me falou pesquisa sobre Oscar Romero e aí foi a vez de constatar que Caridad Romero tem em suas memórias o sangue de uma revolucionária que foi avó do bisbo de El Salvador, que foi assassinado.
Assim meus amores descobri um outro lado meu...desde a Ana que tinha dificuldades de se expressar, que era tão submissa a todos e a tudo e que aos poucos foi soltando as amarras e revolucionando sua vida.
Quando nasci, também junto a primeira turma, em um sítio, sob a luz das estrelas e o som de um violino magnífico...ainda não sabia tudo que Caridad iria aprontar...hoje Ana e Caridad são uma só, já não consigo ser o que era...hoje sou o que eu sou e agradeço ao Mestre Lucidor que abriu a porta para que Caridad entrasse em minha vida...com seus amores, suas loucuras sagradas, suas revoluções, sua alegria , sua dança, seu carinho e seu amor pela vida, por viver intensamente o agora, sentindo deus a cada instante e agradecendo sempre a cada amanhecer.
Com amor revolucionário e toda loucura sagrada de minha alma,
Caridad Romero Mendizabal

"Eu estou consciente de estar consciente."

www.misticaandina.com.br

Poesia à Grande Mãe (Biografia Ramakrishna)


Oh Mãe, enlouquece-me com Teu amor!
Que necessidade tenho de conhecimento ou de razão?
Embriaga-me com o vinho do Teu amor;
Oh Tu que roubas o coração dos teus devotos,
Submerge-me no fundo do mar do Teu amor!
Aqui, neste mundo, este manicômio Teu,
Uns riem, outros choram, outros bailam de alegria:
Jesus, Buddha, Moisés, Gauranga,
Todos ébrios com o vinho do Teu amor.
Oh Mãe quando serei benzido
Com Tua bem aventurada companhia?
Oh Mãe, enlouquece-me com Teu amor!
Que necessidade tenho de conhecimento ou de razão?

UMA PEREGRINAÇÃO SAGRADA
Caridad Mendizabal – Guia do Movimento Mística Andina
Um dia qualquer, em que estamos como seres dormidos, passando todo dia envolvidos com tarefas rotineiras que nossa mente não agüenta mais, nos deparamos com um som muito alto que nos desperta, é um despertador que toca...mas não é um despertador comum, é um despertador de alma, de propósitos que temos como seres luminosos. Quando este despertador toca, nada continua como era antes, tudo muda.
Parece estranho porque temos a nítida sensação de estarmos acordando de um longo sono, passamos a enxergar coisas que estavam ali o tempo inteiro, mas que nossos olhos não conseguiam ver, enxergamos a estrela e todo o brilho da lua, o sol nos majestosos amanheceres e entardeceres, as plantinhas, o perfume das flores e seu intenso colorido que nos nutre, a grama verdinha que parece falar, sentimos a sabedoria das velhas árvores, a ternura das violetas, passamos a entender o que nos dizem nossos animaizinhos e um mundo desconhecido, com oportunidades a cada instante se abre diante de nós e é nesse instante que sabemos que precisamos cada vez mais entrar em sintonia com nosso corpo através da natureza, dos nossos hábitos saudáveis, das nossas ações, das nossas palavras...
Foi assim, tendo esta consciência, que há muitos anos atrás recebi o convite que faço aqui para vocês – O convite da Prática dos 21 dias, que neste mês de março de 2010, do dia 1º ao dia 21, nos levará, através de uma peregrinação sagrada, onde caminharemos ao OÁSIS DO CORAÇÃO.
A isto te convidamos: a fazer uma jornada sagrada rumo ao Oásis do teu coração, a participar de uma prática ancestral, de purificação física, emocional, espiritual que te liberará de tuas cargas, com leveza, amor e energia. Neste caminho terás um Guia, Lucidor Flores (Gerardo Bastos, guia do Movimento da Mística Andina) e terás a inspiração dos devas e a integração com muitos peregrinos, em todo o Brasil e em outros países.
Nestes 21 dias de março de 2010, realizarás a prática por intermédio de um manual que te orientará passo a passo a seguir esta caminhada, um CD de músicas devocionais e um acompanhamento virtual.
Em muitas encarnações, buscamos tudo o que o exterior pode nos oferecer: sucesso, posses, bens materiais, beleza, companhia; mas nosso coração está ali ansiando para que o busquemos, para que achemos a satisfação profunda, a alegria que brota sem motivo.
Os 21 dias são uma oportunidade para despertarmos nossas consciências, para sentirmos o propósito de chegar à água de amor e luz!

Informações e inscrições: misticaandina21dias@yahoo.com.br
Nosso site: www.misticaandina.com.br

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mestres do Amor


Foi um longo período que percorri até setembro de 2009, quando finalmente cruzei o Atlântico, rumo a encontrar o que de mais puro existe dentro de mim, minha essência luminosa, minha parte divina.
Tudo começou em 2003, quando atravessava um destes momentos de vida, onde o sofrimento toma conta de nosso ser e foi então que, levada por uma amiga, conheci um mestre do Amor, alguém que não precisou falar, apenas olhar nos meus olhos, para que eu lembrasse que minha alma já o conhecia de outras vidas. Não me afastei mais dele, foram muitas palestras, muitos cursos, e aprendi uma coisa que não sabia, entre tantas outras: viajar.
Dentro do movimento da Mística Andina, viajamos muito..., muitas vezes dentro do nosso quarteirão ou de nossa própria casa, mas nem por isso as peregrinações deixam de ser intensas.
Assim, final de setembro de 2009, um grupo de peregrinos saiu do Brasil rumo à Índia e ao Nepal, conduzidos por Gerardo Bastos (Lucidor Flores), guia do Movimento Mística Andina.
Jamais pensei que viajaria tão longe... Então, depois de passar onze horas em um avião até Paris e mais sete horas até Nova Delhi, iniciei uma aventura sagrada.
Quando desembarcamos, nosso guia indiano já nos aguardava, com colares de flores e comecei a entender que as flores são parte da Índia... Tudo lá, e também no Nepal, é adornado com flores, elas estão presentes em cada ritual, em cada casa, nas mãos das crianças, das mulheres e também nas mãos dos homens... Elas são colocadas em grandes tigelas com água e enfeitam e perfumam cada ambiente... Sim, lá elas têm perfume. Em alguns dias , estávamos em Varanasi.
Chegar a Varanasi e ver o rio Ganges, devoção a um ser vivo... Ganga Ma, a Mãe, a Vida para o povo indiano... uma mãe generosa, acolhedora... é algo que precisamos ver para sentir.
Foi em Varanasi que meu coração se sensibilizou ante a enorme devoção e simplicidade deste povo, que logo que abre os olhos, a primeira coisa que sente é devoção, a necessidade de agradecer e reverenciar à vida. Levantávamos diariamente, como eles, às 5 horas e íamos ao Ganges, ver o sol nascer e agradecer e olhávamos as crianças, algumas ainda tão pequenas, mas com seus olhinhos negros e profundos, manifestando através de suas oferendas, seu amor por Ganga Ma... Isso é de desarmar nossa mente, é como um despertar urgente da alma, porque ao nos depararmos com tanta devoção, uma devoção no cotidiano, algo que não costumamos ver, a alma espontaneamente acorda.
Eu não sabia que por intermédio do meu Mestre, Lucidor Flores, conheceria muitos Mestres do Amor na Índia e foi assim que experimentei o amor e a sabedoria de Guruji, Babaji, Swami Veda, Vishnu...todos com algo em comum... o olhar... o mesmo olhar que senti do povo indiano em geral. Ao fitar os olhos desses grandes homens, vi que transmitiam muita tranqüilidade e doçura e eram olhos vivos, cheios de uma encantadora alegria. A presença desses mestres era leve e amorosa. Aprendemos muito com eles, pela palavra, pelo exemplo e pelo olhar... Om guru deva om!
Um verdadeiro Mestre nunca lhe dirá que é um Mestre, nunca; ele deixará senti-lo e compreendê-lo, não tem pressa de ser reconhecido. É pelo seu desinteresse que reconhecemos um verdadeiro Mestre. Cada Mestre vem à terra para aqui manifestar uma qualidade particular e com o exemplo nos ensinar: há, portanto, Mestres da sabedoria, Mestres do amor, ou da força, ou da pureza... Mas todos os verdadeiros grandes Mestres têm, obrigatoriamente, uma qualidade em comum: o desinteresse.
Agradeço a esses Mestres do Amor que encontrei, que a cada instante nos mostraram que podemos sim estar abertos e sentir as delícias de nossa Mãe terra, nossa Pachamama... sentir a vida... sentir os rios, as florestas, os animais, as pedras e a maravilhosa paisagem humana, nossos hermanitos, e assim vivermos enamorados, usufruindo e desfrutando a cada segundo, a cada alento, a cada inspiração e expiração.
Agradeço aos Mestres do Amor que nos colocaram no fluxo amoroso de Pachamama, da lentidão, do olhar terno e alegre, da sensibilidade aberta, do perceber, do sentir e, principalmente, da possibilidade de vivermos encantados, em estado de permanente gratidão.