Em busca de um coração ardente

Amores!!

Sejam bem-vindos a este blog!

Uma experiência onde quero contar a cada um o caminho que estou percorrendo na senda da Mística Andina, ao encontro da divindade que habita em mim.

Com imenso carinho,

Cari



sexta-feira, 2 de julho de 2010

Parando de pensar


Estes dias, estava lendo um livro, enquanto esperávamos o avião lá no Rio de Janeiro e minha mente fervilhava de pensamentos e me dei conta que aflição terrível é essa, este ruído mental incessante.. .e percebi que quase ninguém se dá conta disto, porque é um mal que quase todos nós sofremos e, então, consideramos uma coisa normal.
Não sei se já perceberam que somos pensadores compulsivos. ..jajaja e que com nossos pensamentos, criamos um mundo ilusório povoado de conflitos e sofrimentos. Se nos identificamos com a mente, criamos uma tela...os famosos "fios de maya", de conceitos, padrões, rótulos, julgamentos, palavras e definições que bloqueiam e atrapalham todas as relações verdadeiras. Criamos com estes fios uma barreira que nos separa de nosso eu interior. Assim ficamos distantes do nosso próximo, da natureza...de nossa mãe Pachamama... a tão falada ilusão da separatividade, uma ilusão onde acreditamos piamente que existe o "eu" e um "outro" totalmente separado de nós. Nos fixamos nas formas e esquecemos o mais importante, que debaixo do nível das aparências físicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que é. Por esquecermos isto...não sentimos mais esta unidade como uma realidade, podemos até acreditar que isto seja verdade, mas não a reconhecemos como verdade. Acreditar pode trazer conforto, mas só o sentir trará a libertação.
Se for usada corretamente, a mente é uma ferramenta poderosa...melhor que muito computador. Entretanto se a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva. Na maioria das vezes não se trata do fato de usarmos erradamente a mente, porque simplesmente é ela que nos usa, porque se não fosse assim , já teríamos o botão para desligá-la a hora que quiséssemos.
Estamos tão identificados com nossa mente que muitas vezes não percebemos o quanto somos escravos dela. A liberdade começa quando começamos a perceber a existência de algo muito além do pensamento, de onde as coisas realmente importantes como o amor, a alegria, a paz interior surgem.
Percebemos isto quando na quietude...simplesm ente observamos a voz dentro de nossa cabeça que especula, compara, desculpa, julga, gosta, desgosta...Assim ao observarmos o que a voz diz, aos velhos padrões repetitivos de pensamentos, aquelas velhas trilhas que escutamos dentro de nossa cabeça há anos...perceberemos que não somos ela, somos apenas uma testemunha, um observador de nossos pensamentos e é nesse exato momento que nos tornamos conscientes e os pensamentos iniciam a perder poder e esse é o início do fim do pensamento compulsivo e involuntário.
Com infinito carinho,
Caridad